Pico Pedra da Mina – A 4ª Montanha mais alta do Brasil

No dia 7 de julho 2013, fomos para a Fazenda Serra fina, com o intuito de acampar no Pico Pedra da Mina.

A montanha Pedra da Mina ou Pico Pedra da Mina, faz parte da cadeia de montanhas da Serra da Mantiqueira e com 2798 m de altitude recebe o título de 4ª maior montanha do Brasil (algumas pessoas classificam como a 5ª maior, pois consideram o Pico do Calçado, na Serra do Caparaó como o 4º maior), tendo a linha imaginária, de divisa entre Minas Gerais e São Paulo passando por seu topo.

Seus acessos mais comuns, são realizados via travessia da Serra Fina ou pelo bairro do Paiolinho em Passa Quatro-MG.

Percurso Baseado no Tracklog:

Abaixo segue o vídeo resumo:

Nesta jornada fomos em quatro pessoas, sendo Renan, Ericson, Rosana e eu, saímos em viagem por volta das 5h20.

Fizemos uma parada por volta das 8h30 em Cruzeiro-SP para dar uma esticada nas pernas, tomar café e seguimos viagem até a Fazenda Serra Fina.
Chegamos no ponto inicial da caminhadas às 10h, descarregamos as coisas e às 10h20 começamos nossa caminhada.

Não demorou muito na caminhada e chegamos no primeiro ponto de água, e que água! Muito limpa e gelada.

Ela descia numa corrente formando uma pequena cascata, juntamente com uma bela visão de um fundo bem visível e com tonalidade verde bem convidativa.

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Nessa primeira parte de caminhada, você encontra 3 pontos de água, sendo o último já bem próximo ao paredão apelidado de “Deus me livre”, com  +/- 2.074 m de altitude (aparentemente a variação de altitude em GPS pode mudar 25 m para mais ou para menos).

Já tive a oportunidade de ir uma vez até esse paredão e achei que já estava próximo ao cume, porém, estava um calor muito forte, não levei boné, estava com fome e cometi a maior besteira de não pegar água no ponto antes do paredão.
Como resultado: desidratei, fiquei com câimbras e não consegui completar o percurso.

Desta vez, paramos no ponto antes da água por volta das 13h20, comemos, pegamos bastante água pois já estávamos cientes que não encontraríamos mais pelo percurso todo.

Ao chegar no topo do “Deus me livre”, notei que ainda havia outro morro mais alto à frente.

Nesse ponto conhecemos Wagner, Marcelo e Diego. Wagner por sua vez, alertou que o morro mais alto à frente ainda não era a Pedra da Mina e que haveria outro depois.

Nesse momento o meu sentimento era de um certo desanimo, mas com um gostinho de: “Vou chegar, pois é uma questão de honra!”

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Durante o percurso, íamos ganhando altitude e visualizando cada vez mais uma panorâmica da região.

Já era possível visualizar o Agulhas Negras e Prateleiras (Parque Nacional do Itatiaia, RJ), era possível ver onde estava São Paulo pela mancha de poluição no horizonte e sabíamos que Minas Gerais estava atrás de nós na subida.

Nesse momento também presenciamos um helicóptero dos bombeiros sobrevoando a região e logo nos demos conta, de que alguém teria se machucado ou se perdido na mata. (15h23)

Continuamos nossa jornada e Diego que acompanhava Wagner e Marcelo estava em um ritmo bem lento e muito cansado, acabamos tomando a frente em relação aos três e nos separando.

Chegamos ao pé da Pedra da Mina por volta das 17h20, não havia como subir ao cume para acampar, pois já estava bem lotado. Então decidimos acampar por ali mesmo e fazer ataque ao cume por volta das 5h do dia 8 de julho para ver o nascer do sol.

Pouco tempo depois, Wagner e Marcelo chegaram onde estávamos, mas sem Diego, pois resolveu acampar no trecho do bambuzal no segundo morro (depois do “Deus me livre”).

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A temperatura durante o dia estava em torno de agradáveis 22°C, mas ao chegar no local do acampamento no entardecer, a temperatura foi caindo rapidamente.

Por volta das 19h o termômetro do Wagner já marcava 0,5°C.

O céu estava tão limpo que foi possível avistar a Estação Espacial ISS cruzando o céu como se fosse um avião, pois refletia muito a luz do sol.

Não há como não falar das estrelas.

Era possível ver a via láctea à olho nu com bastante definição, em resumo, o céu estava um espetáculo que particularmente o frio era pouco em relação a admiração.

Depois da janta, fomos para nossas devidas barracas dormir.

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No dia seguinte, levantamos todos às 5h, nos arrumamos e às 5h24 iniciamos nossa subida ao cume que levou exatos 20 minutos. Durante o percurso era possível ver formação de gelo em algumas áreas da vegetação e nas pedras.

Lá em cima assinamos o livro, tiramos muitas fotos e esperamos o nascer do sol. Por volta das 6h foi possível avistar a alfa centauro surgindo no horizonte e sumindo pouco tempo depois e o nascer do sol, se deu atrás do complexo Rochoso do Itatiaia (Agulhas Negras, Prateleiras etc) às 6h43.

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Iniciamos nossa volta para o acampamento por volta de 7h e ainda era possível ver gelo em algumas rochas.

Chegamos na base, tomamos café da manhã, arrumamos a tralha e começamos a nossa volta +/- 8h30.

Após 1h de caminhada, encontramos o Diego acampado no bambuzal, de forma bem confortável e protegido do vento, ficamos mais uns 20 minutos até desmontar tudo e continuarmos nossa pernada de volta para a base.

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Marcelo, Rosana e eu tomamos a dianteira depois de descer o “Deus me Livre”, até alcançarmos o 1° ponto de água citado no começo (trecho das 13h20 do dia anterior), lá ficamos esperando o restante do pessoal por 20 minutos.

Tiramos mais fotos, ficamos mais uns 30 minutos e continuamos até chegar na base.

Chegando onde deixamos o carro, a dona do local nos contou que três pessoas haviam se perdido, e que por isso o helicóptero estava sobrevoando o local no dia 7, também informou que até às 10h do dia 8, ainda não haviam localizado o pessoal.

Pagamos, colocamos a bagagem no carro e seguimos estrada com última parada para comer e conversarmos mais com Wagner, Marcelo e Diego no Frango Assado em Lorena.