Essa trilha do ouro é uma alternativa diferente ao trajeto tradicional.
No dia 5 de janeiro de 2013 Augusto liderou a pernada para a Trilha do Ouro seguindo o curso do rio Guaripú. Essa travessia é conhecida como “A outra Trilha do Ouro”.
No total éramos quatro, contando com Augusto, Celestino, Rosana e eu.
Tracklog do percurso
Vídeo resumo
Relato do percurso no blog do Augusto
1° Dia – Para se chegar no início dessa trilha, é preciso ir para Guaratinguetá-SP, de lá pegar um ônibus para Cunha-SP e depois, uma condução/ carona para Campos Novos-SP.
A trilha tem início pouco acima da igreja da Matriz e poucos metros de caminhada, avistará um poste com algumas placas indicando Bairro da Bocaina, Serra do Indaiá etc.
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Seguimos em direção a Serra do Indaiá, o percurso vai passando por sítios, até que se chega à Fazenda Serra do Indaiá.
A caminhada segue por essa fazenda sempre com o rio Guaripú à esquerda.
Andamos até chegar à fazenda Fortaleza, onde acampamos a primeira noite ao lado de uma casa abandonada, com sinais de incêndio, com vista para um lago e uma nascente que desce até esse lago. O total da caminhada do 1º dia foi de 14km.
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2° Dia – No dia seguinte, continuamos nossa caminhada seguindo o Rio Guaripú, porém desta vez mais puxada e com mais subidas.
Depois de um tempo andando seguindo o rio encontra-se uma bifurcação. À esquerda encontra-se uma ponte, porém o caminho a ser seguido é pela trilha que está à direita.
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Depois de muita caminhada pela trilha, cruzamos a divisa entre São Paulo e Rio de Janeiro. Durante o percurso, encontramos o calçamento construído pelos escravos na época do transporte do ouro de São José do Barreiro para Paraty.
Nessa jornada, não precisa se preocupar com água, pois sempre é possível achar uma nascente pelo caminho. Também é possível encontrar moradores na região, que vivem de maneira bem antiga, sem energia elétrica e que vivem do que plantam e criam.
Essas pessoas são ótimas em passar informações sobre a localização na mata, pois esses caboclos vivem lá há algumas gerações.
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Por volta das 15h do segundo dia de caminhada, enfrentamos uma forte chuva no trecho de mata fechada, alguns trechos de trilha ficavam bem alagados e formavam pequenas enxurradas nas descidas.
Essa chuva nos acompanhou por pouco mais de uma hora, até chegarmos à pinguela que atravessa o rio Guaripú.
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A trilha continua bem demarcada e basta seguir o caminho, até chegar ao rio dos Veados que leva para a Cachoeira dos Veados.
Chegamos no final da tarde na cachoeira, existe um local cerca de 100m de distância da base da mesma que é possível acampar, porém optamos por atravessar a pinguela do Rio dos Veados para acampar mais a frente, próximo a uma casa que parecia estar vazia ao lado do Rio Mambucaba.
Andamos cerca de 20km no 2º dia
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3º Dia – Acordamos por volta das 6h, desmontamos acampamento, escondemos nossas tralhas atrás de um bambuzal e fomos até a cachoeira para tirar fotos.
Eram mais ou menos 7h20, os raios de sol faziam um arco-íris na segunda base da cachoeira, criando uma paisagem bem legal.Augusto deu a ideia de tentarmos localizar a trilha para a segunda base, subimos e haviam demarcações nas árvores, porém com a queda de algumas árvores, essas demarcações se perdiam cerca de 200m de altitude em relação a primeira base da cachoeira.
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Seguimos nosso caminho de volta para as mochilas, reabastecemos nossos cantis e seguimos nossa jornada pelo trecho da trilha tradicional seguindo pelo rio Mambucaba.
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No terceiro dia a intenção era de se chegar até a cidade de Arapeí-SP, ou acampar próximo para voltarmos para São Paulo pela manhã, porém todos estavam num ritmo mais lento para caminhar, estávamos andando numa média de 2km/h ou 3km/h e qualquer subida nos esgotava, porém seguimos nossa viagem e depois quando chegamos no trecho que bifurcava a trilha, pegamos sentido Arapeí-SP.
No percurso, passávamos por algumas casas, sítios e pousadas e confirmávamos se estávamos no caminho certo.
Por volta de 17h20, chegamos à Pousada Casa Azul, optamos por ficar hospedado lá devido ao cansaço de todos e fomos muito bem recebidos.
O cheiro do fogão a lenha era muito bom, o sítio (pousada) possui a criação de animais para consumo próprio como galinhas, porcos, patos, além da cultura do feijão, milho e uma pequena criação de vacas leiteiras e búfalos.
Como era 7 de Janeiro, estavam comemorando Dia de Reis, os foliões de Reis, haviam acabado de chegar e começaram a tocar em frente ao presépio da casa do Sr. Olair (dono da pousada).
Alguns de nós assistimos a apresentação, pois encontrar um local com a cultura tão bem preservada, não tem valor.
A pousada é bem simples, não possui energia elétrica, exceto é claro com a ajuda de gerador, porém que enfrenta problemas com frequência, precisando recorrer ao uso de velas, lanternas ou lampiões a gás.
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Na pousada, pedimos informações se conseguíamos alguma carona paga para Arapeí.
Conseguimos quatro motos para carona, sendo que um deles passaria no local por volta das 6h30 e o restante por volta das 8h.
4° Dia – No dia seguinte, as motos não apareceram e nos demos conta que nesse local as pessoas não levam em consideração o horário de verão.
Augusto e Celestino esperaram até 8h30 (horário de verão) e seguiram o percurso a pé.
Um dos moradores locais que levaria de moto, veio avisar por volta das 9h que sua moto estava quebrada e que não seria possível a carona.
Rosana e eu esperamos até 9h30 e decidimos também seguir a pé, sem a esperança da carona dos outros combinados.
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Após cerca de 1h40 de caminhada, Rosana e eu fomos surpreendidos com dois rapazes de moto que vieram dar carona.
Estes nos levou para Arapeí com o preço de R$ 50/cada, cruzamos com Augusto e Celestino no percurso, porém já estavam bem adiantados e na descida em direção a Arapeí.
Chegando à cidade, consegui uma carona de Gaiola (veículo usado para trilhas no barro) para buscar Augusto e Celestino que estavam cerca de 5 km de distância.
Após todo mundo reunido, conseguimos um taxi para nos levar até Guaratinguetá, e lá se foram mais R$ 50 de cada.
Nosso ônibus partiu às 17h com destino a São Paulo e chegamos por volta das 19h30 na Rodoviária do Tietê.
Nesse dia Rosana e eu andamos cerca 5 km até a chegada das motos. Augusto e celestino andaram cerca de 20 km até chegar o resgate de gaiola.
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