Funicular de Paranapiacaba até Cubatão-SP

IMPORTANTE:
Essa é uma trilha perigosa, apresenta risco real de morte, não é recomendada para pessoas inexperientes e nem grupos grandes.
Nosso grupo foi numeroso, porém todos são experientes e durante o percurso nos dividimos em 2 grupos.
Se por acaso tem interesse em conhecer, mas tem medo de altura, não vá! Pois poderá se acidentar.
Não arrisque-se de bobeira, se mesmo após o alerta acima ainda quer conhecer, vá com alguém que conheça o percurso.


No dia 14 de setembro, nos reunimos para fazer a trilha do antigo sistema funicular que ligava Paranapiacaba até Cubatão.
Você poderá ver mais fotos desta trilha em nosso álbum no Flikr

Um pouco de história:

“O Funicular de Paranapiacaba (inaugurado em 28 de dezembro de 1901) foi um funicular (sistema endless rope) que funcionou em Paranapiacaba, Santo André, Estado de São Paulo no Brasil construído para tracionar trens em uma subida a 796 metros de altitude, operou até a década de 1980 com a decida completa da serra sob jurisdição inicial da SPR – São Paulo Railway, subsequentemente EFSJ Estrada de Ferro Santos Jundiaí, Companhia Paulista, FEPASA e RFFSA, e sob jurisdição da ABPF até 1994 com um passeio turístico até o 4° Patamar do Segundo Sistema. Todo o sistema foi construído pela empresa SPR que foi fundada da Inglaterra por Irineu Evangelista de Souza quando buscava verba para construção de ferrovias no Brasil, fundou com a verba de acionistas da Europa. Inicialmente o sistema foi utilizado para o transporte de café da cidade de Jundiaí ao porto de Santos. Hoje já não opera e faz parte do Museu Tecnológico Ferroviário do Funicular, mantido pela Associação Brasileira de Preservação Ferroviária.”
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Funicular_de_Paranapiacaba

Nesse dia, fomos em oito pessoas, um número alto para esse tipo de trilha, porém o percurso foi feito sem nenhum problema 🙂
O ponto de encontro foi a catraca de conversão do metrô para trem na estação Brás às 6h.
Nesse momento faltava apenas o Tarley, seguimos em direção à Rio Grande da Serra conforme o combinado de intolerância de atrasos, e o Tarley nos encontrou no ponto de ônibus em Rio Grande da Serra. Essa foi sua 1ª trilha conosco, assim como a do Erick que já tem amizade com o Renan já há uma longa data.
Joyce e Alisson também foram desta vez sem nenhum desencontro \o/.

Vídeo resumo:

Nos baseamos pelo tracklog do Augusto, porém é bom ficar atento quando chegar à ponte mãe. Mais adiante explico.

Chegamos em Paranapiacaba perto das 7h50, estava ocorrendo um evento para ciclistas na região e estávamos apreensivos se não teria fiscalização na entrada da trilha, mas por sorte a estrada estava livre.

O dia estava perfeito, seco, calor e boa visibilidade, pelo menos até atravessarmos o primeiro túnel, pois após o túnel havia neblina sobre a ponte.
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O primeiro túnel é o que pode ser considerado em “bom estado”, está ruim, mas ainda é um dos que mais possuem apoios para se caminhar.
É nesse momento que se descobre se alguém do grupo tem medo de altura.

Pouco mais adiante, a bota do Rogério começou a descolar a sola, foi preciso amarrar com alguns cordantes para que pudesse chegar até o fim sem problemas.
durante o trajeto era possível avistar 3 balões no céu carregando bandeiras, também avistamos um balão que havia caído na mata, mas por sorte estava apagado e não causou acidentes.

Continuamos nosso percurso até chegarmos à 3ª ponte, resolvemos dar uma rápida passada no 4º Patamar da Funicular para que todos pudessem conhecer, ainda eram 9h e o grupo estava num ritmo bom de caminhada.

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Lá no 4º patamar, haviam algumas pessoas acampadas e nos surpreendeu ao vermos uma criança de aproximadamente 3 ou 4 anos de idade no local. Oo

Retomamos nossa caminhada e pouco mais adiante encontramos alguns pés de limão rosa, que nosso amigo Renan pensou ser Mexerica, mas mesmo assim fez a maior festa e chupou alguns, reclamou do azedo, mas chupou assim mesmo rs.
Se você que está lendo esse e assistiu ao vídeo, deve ter dado muita risada, mas se não viu, está perdendo rs.

Fizemos uma nova parada no 3º patamar, mas desta vez não descemos para olhar. Apenas olhamos por cima e apreciamos a paisagem lá do alto.
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O percurso todo não tem muito segredo, pois basta ir seguindo os trilhos. Alguns trechos estão tão tomados pela mata, que é possível se desviar um pouco na rota, mas logo você percebe que está no caminho errado, quando aparece um precipício ou se a vegetação fecha muito.
Geralmente quando isso acontece, você está à uns 3 metros de distância do trilho, que se encontrará à sua esquerda.
Após o 3º Patamar, as pontes vão ficando cada vez mais em piores em condições. Algumas quase não tem apoios e os trilhos de aço estão mal fixados, balançam e rangem conforme anda-se por eles.

O trecho da “Ponte Mãe”,  é o trecho de travessia mais longo e perigoso dessa trilha, ainda é possível ir por cima, mas é preciso atenção redobrada.
É fácil reconhecer essa ponte, pois ela está com seu início tomado pela vegetação quase que por completo.Existe uma abertura à esquerda (de quem segue em direção à Cubatão) que é possível caminhar beirando o abismo e é preciso tomar muito cuidado. É possível ouvir destroços da ponte caindo dependendo de onde pisar.

Então se preferir, volte um trecho na trilha e pegue a bifurcação que está à direita (de quem desce sentido Cubatão), conforme é possível visualizar no tracklog do Augusto.
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Após a Ponte Mãe, todas as outras serão contornadas por trilha na mata, então não terá mais adrenalinas até chegar em Cubatão rs
Conforme vai perdendo altitude, a trilha vai ficando cada vez mais retilínea.
Em determinado momento na caminhada, passa-se por uma galeria aberta na rocha. Trata-se de uma pequena abertura com um portão de ferro aberto, não chegamos a entrar, mas fiquei curioso e com vontade de conhecer para ver o que havia lá.
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Fizemos o percurso todo até chegarmos ao páteo de trens em 8h exatas de percurso (15h50), mas pode ser feito em até 6h sem problemas.
Nos dirigimos ao ponto de ônibus, embarcamos em um circular da cidade que nos deixou na Av. 9 de abril, já próximo à Rodoviária.
Nosso ônibus saiu em direção ao Terminal Jabaquara às 18h, havia um trânsito ruim e chegamos em SP às 20h30.